segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Na busca pelo Tri, com o Bi na memória.

 

Hoje é aniversário do Bicampeonato da Libertadores da América do Flamengo. De dois dos títulos mais importantes da história do clube. Em 23/11/1981 o Flamengo de Zico, Andrade, Adílio, Júnior, Leandro e companhia (um verdadeiro esquadrão) conquistava a América pela primeira vez, após vencer o 3º jogo da final contra o desleal Cobreloa (em uma época que ganhar Libertadores era preciso suar sangue, literalmente).

Este colunista que vos escreve não tem lembranças deste maravilhoso título, pois nasci em 1981. Mas nunca deixei de ouvir, ler e sentir as emoções de meus amigos e colegas rubro-negro que viveram esse dia épico, assim como descreveu bem a Lilian Porto (@LilianPorto6) em seu duplo relato no twitter hoje (link da thread dela é só clicar aqui).

Os rubro-negros que até o ano passado não tinham vivido aquele dia épico de 1981 esperaram por suas vidas até o aniversário de 38 anos da conquista (23/11/2019), para, aí sim, comemorar o aniversário com uma festa que tomou a Nação Rubro-Negra a partir dos 87 minutos do jogo e completou a catarse coletiva com o segundo gol do Gabigol, aos 92 minutos. "Épico, memorável, o maior momento da história do Flamengo" é a narração que mais retrata essa catarse rubro-negra, na voz de João Guilherme (@joaoguilherm) narrando o jogo pela Fox Sports.

Na hora da virada, estava eu em casa com minhas duas filhas cantando "Vamos virar mengooooo", a mais nova (tinha meses de rubro-negrisse e vida) estava no meu colo. Quando o gol da virada saiu, a mais velha chorando a meu lado e a mais nova olhando fixamente para o gol, e eu gritava gol desesperadamente (a pequenininha no meu colo nem se assustou, só olhava para a comemoração do time). É um momento que nunca esquecerei. Ficará marcado para sempre, junto com Gabigol, Bruno Henrique, De Arrascaeta, Everton Ribeiro, Diego, Gérson, Arão, Jorge Jesus e companhia.

Todos os testemunhos de quem viveu essa data, seja a do ano passado, seja a de 39 anos atrás, sejam ambas, são testemunhos especiais do coração dos milhões de rubro-negros que participaram dessa catarse que finalizava essas epopeias. Todos eles são especiais e devem ser tratados com todo o respeito por todos rubro-negros. Nenhum tem o sentimento maior ou menor que o dos outros, pois cada um é único.

Amanhã seguiremos em busca do desejado Tricampeonato da Libertadores da América, indo a Argentina enfrentar o forte Racing. O desafio é grande, principalmente pelo momento de instabilidade no time que enfrentamos, sem desmerecer o adversário. O sonho do tri segue vivo e buscaremos ele até conseguir conquistá-lo. E quando vier, imediatamente (mesmo que estejamos comemorando o tri) iniciará o sonho do tetra, pois é assim que nós rubro-negros somos. Somos sedentos por títulos, conquistas e catarses coletivas. Nunca queremos ficar tanto tempo sem atingir tais conquistas, mas nunca deixamos de sonhar com elas e buscá-las.

Graças a 23/11/1981, o torcedor do Flamengo está em um eterno "Rumo à Tóquio", mesmo que o mundial não ocorra na capital japonesa. Amanhã é o dia de tentar dar mais um passo em direção à "Tóquio".

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